sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Pseudo-cantor por hobby

Cantar sempre foi um sonho meu, mas é um dom para poucos... muito poucos. Mas, não é porque não sabemos cantar afinadinho que não podemos expressar esta vontade cantarolando. Quando estou sozinho em casa, aproveito para colocar músicas no volume alto e tentar chegar o mais perto das vozes afinadas, dom divino. Eu tento, agora, conseguir, deixa para lá...

Hoje (28 de outubro), gravei uma música: "Whole New World", do filme Aladdin (Disney). Só porque não ficou aquela coisa horrível como som de freio de carro, eu postei-a no YouTube. Não, não pretendo ficar famoso, até porque não está (tão) boa, mas apenas mostrar uma de minhas funções nas horas vagas: pseudo-cantor por hobby.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Centro de Nova Iguaçu: lados distintos

Fotografias que registrei através de celular

 A linha férrea divide o centro da cidade. De um lado, a realidade de muitos:


Do outro lado, a vida de poucos:



E nos acostumamos com a desigualdade social. Passamos pela pobreza e riqueza todos os dias e não vemos mais as diferenças, exceto quando afeta a nós mesmos.


Brasil precisa melhorar qualidade de vida e diminuir desigualdade, diz ONU

Brasil tem 16,27 milhões de pessoas em extrema pobreza, diz governo
http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/05/brasil-tem-1627-milhoes-de-pessoas-em-situacao-de-extrema-pobreza.html

E a confiança, onde fica?

Um conto para refletir nossas lutas íntimas

A "Comunicar!", Semana de Comunicação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), terminou e o alívio recaiu sobre meus ombros. No início de outubro, a coordenadora do curso de Jornalismo, Simone Orlando, atribui-me uma tarefa para a semana acadêmica: divulgação.

"Será que vou conseguir?"
O primeiro trabalho que eu deveria apresentar seria o cartaz do evento. O momento de criar estes tipos de mídias é quase um ato religioso. Você se abre para receber ideias do "além", mas a única frase que martela em sua mente necessitada de inspiração é "será que vou conseguir fazer?". A falta de autoconfiabilidade emerge do lado negro do psíquico e o torna incapaz de acreditar que algo bom pode sair de você. Reconheço que duvido de mim mesmo.

O primeiro passo do trabalho é organizar as ideias. "Será que deve ser colorido ou clean? Será que deve conter imagens ou trabalhar o texto de maneira harmoniosa? ... ".

Significado de Calma no Dicionário online de Português. O que é calma: s.f. Ausência de agitação; tranquilidade: a calma do mar; conservar a calma. 

Esta palavra não faz parte do processo de criação, mas deveria. O desespero chega perto, dá três batidinhas na porta da cabeça e diz: "E aí, vai fazer alguma coisa legal ou vai ficar puxando forças do além até darem o serviço para outra pessoa?". 

Começa, então, uma conversa comigo mesmo. 

"Não, eu sou capaz, ok? Se a professora me passou esta tarefa, é porque ela acredita em mim". "Ah, é mesmo? Ou ela passou a tarefa para você porque você sempre faz estas coisas?". "Desespero, favor se retirar. Não tenho tempo para você neste momento. Tenho muito trabalho! Ah, não se esqueça de mandar lembranças para sua prima 'Baixo-estima' e dizer que minha amiga 'Inspiração' é mais conveniente. Passar bem".


O segundo passo é jogar as ideias no programa de desenho vetorial. Começo a criar a logo do evento. Queria uma imagem bacana e que qualquer pessoa identificasse o evento só vendo seu símbolo. Chego em um resultado. Visto a capa da democracia e coloco no grupo acadêmico de Jornalismo no facebook duas ideias que tive para a logo. Começam as críticas...

Primeiras ideias da logo "Comunicar!"

Os estudantes gostaram, mas sempre faziam alguma observação. "Não gostei das cores, está muito Brasil", "não gostei da escrita de dentro do balão"... Mas, algo também me incomodava. Comecei a trabalhar em uma outra ideia e surgiu uma nova logo:

Logo aprovada para a Semana de Comunicação

A imagem foi aceita pela maioria dos alunos, aprovada pela professora Simone e opinada pelo professor de Design Francisco Valle. Ele só mandou eu ajustar uma coisinha ali, outro espaço aqui que ficaria ótimo.

O terceiro passo era criar o cartaz. Todas as informações do evento foram repassadas para o programa. No processo, retiro o que não quero, deixo o que acho que vai ficar bom. Coloco umas formas geométricas, dou cor à elas. O cartaz começa a tomar forma e uma palavrinha vem surgindo no fundo de minha mente: capacidade. Neste momento, sinto um beijo da coleguinha "Autoconfiança" no rosto e vem uma sensação de mais intimidade com o trabalho. Consigo terminar o cartaz:

Clique na imagem para ampliá-la

Achei moderno e leve. Fiquei feliz pelo trabalho concluído e logo levei-o a professora Simone para ela aprovar. "Hmm, não está bom. Não está impactante, ainda não é aquilo que estou pensando. Mas está ficando bom... você é ótimo!". Ainda quer saber como eu me senti?

Igual a um cãozinho que volta para casa com o rabinho entre as pernas, voltei e sentei na frente do computador.

"Eu disse que você não ia conseguir. Está vendo, você não é capaz!". "Eu sei, Desespero. Por mais que falem que tenho capacidade, eu não acredito." "Minha prima Baixo-estima quer fazer fazer uma visita; ela acha que sua amiga Inspiração não está nem aí para você". "Inspiração? Ela é minha amiga sim e eu preciso dela. Tchau, Baixo-estima. Volta para o seu canto que eu vou fazer um novo cartaz e vai ficar bom, você verá".


Com as novas ideias que minha professora tinha passado, comecei a fazer um novo cartaz. Estava determinado a fazer algo bonito e que chamasse, de verdade, a atenção das pessoas. O arquivo precisava estar pronto no outro dia para que a gráfica imprimisse os cartazes e o banner. Fiquei até de madrugada fazendo e, quando terminei, senti uma satisfação enorme. Mostrei-o para as pessoas disponíveis que pudessem criticá-lo e todas só diziam uma palavra: ótimo. E era tudo o que eu queria ouvir da minha coordenadora.

Cartaz da Semana de Comunicação da UFRRJ

Enviei um e-mail para a professora Simone com o cartaz e aguardei a resposta dela. Será que ela iria aprovar desta vez?

Na manhã do outro dia, a resposta estava lá, grande, em CAPS LOCK tamanho 72:

Resposta em e-mail da coordenadora sobre o cartaz

Em uma nova situação, repito o que disse no meio do conto: "ainda quer saber como eu me senti?".


"Baixo-estima, quem é que não conseguiria mesmo?". "É, não consegui desta vez... mas ainda haverá outras oportunidades...". "Pode até ser, mas terei o prazer de mostrar a você que sou capaz, basta acreditar em mim mesmo e me esforçar para vencer mais um desafio!"

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Que este conto sirva para inspirá-lo e fazê-lo acreditar mais em si mesmo. Não dê ouvidos à palavras que só te desanimam e fazem você regredir. Todos temos capacidade, basta confiar!

Obrigado!

Gian Cornachini,
sonhador.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

UFRRJ inicia a prática de fotojornalismo

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) não é mais cenário de fotografias artísticas. Com a disciplina de fotojornalismo do curso de Comunicação Social, os estudantes estão aprimorando seu olhar fotográfico e registrando cenas que ainda não eram exploradas na universidade. Esta prática está gerando um banco de imagens da Rural, que serve, desde já, como uma maneira de guardar a memória da instituição e denunciar os problemas do cotidiano dos estudantes.

Fotojornalismo está sendo praticado pela primeira vez na UFRRJ. O curso de Comunicação Social – Jornalismo foi criado há dois anos e há, por enquanto, duas turmas cursando – os ingressantes em 2010 e de 2011. A disciplina é obrigatória da grade curricular de Jornalismo e aplicada a partir do quarto período. Altayr Derrosi é o professor de fotojornalismo na Rural e têm experiência na área de Comunicação e ênfase em fotografia ambiental e sustentabilidade.

Estudantes praticam suas primeiras fotografias na nova disciplina

Carolina Roberta, aluna do quarto período, acredita que fotojornalismo é uma disciplina importante para o curso de Jornalismo. “Mesmo sem ter o dom ou gostar de fotografar, o jornalista é jornalista 24 horas por dia. Se ele vê algo interessante e não está cobrindo, ou se sai para cobrir algo às pressas e sozinho, é importante que tenha uma câmera e que saiba usá-la para registrar a cena”, explica Carolina. “Além disso, a fotografia é muito importante em qualquer matéria jornalística hoje porque é um atrativo para o texto”.

Outro ponto que a estudante destacou é que a prática de fotojornalismo na Rural poderá contribuir com o movimento estudantil e a reivindicação de seus direitos. “Os alunos querem ter visibilidade de verdade e as fotos denunciam os problemas que passam na universidade. Com um jornal independente, preenchido de boas fotos, os problemas seriam incontestáveis e todos os alunos poderiam usá-lo como documento para exigir seus direitos.” Juliana Portella, aluna do segundo período, ainda não teve a disciplina, mas também acredita na função social que fotojornalismo trará para a UFRRJ. “A Rural será cenário de cliques que vão além das poses e do registro estático. A foto jornalística revela a ‘verdade’. Ela não é forjada, e é nesse sentido que o curso contribui para a universidade”, observa ela.

A estudante enfatiza suas expectativas para cursar a disciplina no ano que vem. “Estou muito ansiosa para aprender os truques do fotojornalismo. Essas fotografias tem um tempero a mais, são mais do que uma fotografia comum e eu gosto bastante”, revela Juliana entusiasmada.