sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Blog desativado: migrei para o Wordpress

Amigos, o "Foto, texto e companhia" terminar por aqui. Resolvi mudar de plataforma, pois o Blogspot não estava atendendo minhas expectativas. Agora, estou no Wordpress. Todo o conteúdo daqui foi migrado para o outro blog, que também está com um nome novo: "Status: Conectado". A partir de agora, vocês poderão me encontrar no www.giancornachini.wordpress.com. Grande abraço! ;-D

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Produção de conteúdo para rádio na UFRRJ: atividade desafiadora

Como prometido, eu disse que voltaria aqui para escrever sobre as atividades de rádio que consumiram a alma da primeira turma de Jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Durante dois períodos da faculdade, estudamos a história do rádio, as tecnologias radiofônicas, a linguagem do meio, técnicas de locução, entre outras especificidades.

As aulas foram ministradas pelo professor João Paulo Malerba, calouro como docente universitário. No entanto, sua inexperiência como professor de radiojornalismo não seguiu o pé da palavra. O professor se mostrou apto a formar os melhores futuros radiojornalistas do país.

(Estava escrevendo uma mini-biografia dele aqui, mas ficou muito grande. Clique aqui para ver seu Currículo Lattes e ter ideia do quão "fera" é o rapaz)

A nossa situação na UFRRJ, principalmente para a primeira turma de Jornalismo (2010.1) ainda não é a das melhores. Fizemos as aulas de radiojornalismo e telejornalismo sem laboratório de rádio e TV, tudo na improvisação. Em radiojornalismo, ao menos, deu certo. Deu muito certo. A falta de equipamentos não foi um problema quando colocávamos nossos celulares em ação ou compartilhávamos os poucos gravadores do curso. Pelo ponto de vista técnico, a qualidade deles só não ficaram tão melhores pela falta de estrutura de rádio que precisávamos. Já pelo ponto de vista jornalístico, nossas produções ficaram encantadoras. Um milagre para um curso sem laboratório.

Vou começar pela reportagem especial que eu e minha amiga Andreza Almeida fizemos para a disciplina "Radiojornalismo I" (colocarei nesse post apenas trabalhos meus, pois não tenho autorização para divulgar trabalhos de meus colegas de turma). A reportagem foi a atividade final da disciplina e a entrega aconteceu em dezembro de 2012. Intitulado "Obras do Arco Metropolitano em Seropédica prejudicam moradores e meio ambiente local", o trabalho propôs abordar um ângulo diferente da megaobra que atravessa Seropédica, cidade da região metropolitana do Rio e hospedeira da UFRRJ.

Clique no play para ouvir a reportagem especial


Essa reportagem é uma continuação de matérias que fizemos para a revista Brasil Afora, um trabalho acadêmico das disciplinas de Editoração Eletrônica e Planejamento Editorial, ministradas no 4º período (na ocasião, em 2011.2). O objetivo dessas matérias foram mostrar as consequências negativas de uma obra realizada em nome em nome do progresso.

O que caracteriza uma reportagem especial é o tamanho e a profundidade do assunto. É como se fosse a matéria de capa de uma revista: aquela maior e cheia de detalhes. Na reportagem especial, você pode utilizar efeitos sonoros, músicas, dois locutores e fazer uma espécie de "teatralização" do assunto para deixá-la mais leve e gostosa de ouvir.

Já o radiodocumentário é um outro tipo de reportagem. Ele é caracterizado por sem bem grande. Existem radiodocumentários que vão desde 10 minutos até 1h. No caso desses maiores, eles são divididos e reproduzidos em partes no rádio, como uma espécie de radionovela. O tema também é muito bem aprofundado. Há diversidade de entrevistados, e você pode aproveitar mais os recursos sonoros como a captação de som ambiente para dar a sensação ao ouvinte de que ele está naquele local.

O trabalho final da disciplina "Radiojornalismo II" foi um radiodocumentário. O tema era livre e a exigência foi de que o arquivo tivesse de 10 a 15 minutos e intervalos (dois ou três, a depender do tamanho). O trabalho também deveria ser feito apenas por uma pessoa.

O tema do meu radiodocumentário foi "Desafios da Matemática". Em março de 2013, a ONG "Todos pela educação" divulgou um estudo que compara a evolução de alunos. A pesquisa aponta a matemática como a disciplina que tem o pior rendimento na escola pública. O trabalho teve o objetivo de entender o porquê desse resultado e o terror que há sobre a matemática, além de apresentar o papel fundamental do professor na formação dos estudantes.

Clique no play para ouvir o radiodocumentário


Escolhi fazer um radiodocumentário sobre matemática porque eu queria um tema que fosse distanciado de mim, ou seja, que eu não tivesse tanto contato. A matemática é considerada a vilã da escola e poucos têm relação afetiva com a disciplina. Como no jornalismo poucos gostam de matemática, resolvi fazer esse radiodocumentário que segue o fluxo contrário da natureza do jornalista: se distanciar desse mundo dos cálcuos — pelo menos é o que eu vejo entre meus colegas estudantes.

Ainda há dois trabalhos diferentes que gostaria de compartilhar:

• A radionovela
• O spot

Durante a disciplina de "Radiojornalismo II", aprendemos a produzir spots. O spot é uma espécie de propaganda institucional que leva uma mensagem colaborativa para o ouvinte. Geralmente, ele tem, no máximo, 1 minuto e utiliza efeitos sonoros e músicas. A locução pode ser feita por uma ou mais vozes e a mensagem deve ser clara, simples e fácil de ser captada.

O primeiro spot que eu fiz foi com meus amigos Alerrandre Barros e Carolina Vaz. O tema foi transporte alternativo e colocamos a bicicleta como protagonista do trabalho.

Clique no play para ouvir o spot


Outro spot que eu fiz foi sobre dicas de consumo após o horário brasileiro de verão. Ele foi reproduzido durante uma simulação de um programa de rádio-variedades ao vivo, de 30 minutos. Esse programa foi produzido como um rádio-variedades dos anos 80, para o público C e D da Baixada Fluminense. O spot, claro, deveria seguir as mesmas características do programa de rádio.

Clique no play para ouvir o spot


E, para finalizar, ainda tem o radiodrama, que é um conto teatralizado, com efeitos sonoros e músicas, veiculado em programas de rádio. O radiodrama que eu fiz foi o "Prova de Amor", produzido em parceria com minha amiga Andreza Almeida e inspirado em Cílios do Amor, de Andréa Beron e Alain Rothermel.

"Prova de Amor" é uma dramatização (com 3 minutos de duração) de uma briga de casal. Eulália (Andreza Almeida), insatisfeita com seu relacionamento amoroso, pede uma prova de amor ao seu esposo Carlos Daniel (Gian Cornachini), que sempre cumpre os desejos de sua amada. Produzido em março de 2013 para a disciplina de Radiojornalismo II, "Prova de Amor" também fez parte do programa de rádio-variedades ao vivo.

Clique no play para ouvir o radiodrama


Toda essa produção de conteúdo jornalístico para rádio foi feita por nós, alunos. As atividades iam desde a apuração, entrevista e redação dos textos das matérias, radiodramas e spots, até a locução e edição dos áudios. Foram atividades desafiadoras, pois colocamos toda a nossa criatividade em ação por meio de um improviso sem laboratório de rádio. O professor João Paulo Malerba fez o possível e impossível para que aprendêssemos e aproveitássemos ao máximo os recursos disponíveis que tínhamos: celulares, três gravadores (dois do curso e um emprestado pelo professor) e computadores com o Audacity — software livre de edição de áudio.

Arrisco a dizer que minha turma fez produtos jornalísticos e criações midiáticas muito melhores do que a gente ouve diariamente nas rádios comerciais, pois não ficamos presos somente à estética (proporcionada por um laboratório bem equipado), mas nos atentamos muito à qualidade do conteúdo enunciado. Espero que tenham gostado desses trabalhos*.

* Todos esses trabalhos estão disponíveis em minha página no Radiotube. Os  conteúdos do Radiotube podem ser reproduzidos por qualquer veículo de comunicação, desde que citada a fonte e mantida a íntegra do material. (CC)

sábado, 29 de junho de 2013

Um 'novo' estágio (só agora anunciado)

Oi, amigos.

Estou há bastante tempo sem fazer qualquer publicação nesse blog. É muito difícil manter um, ainda mais quando milhares de coisas acontece em sua vida (estudo, trabalho, viver). Como lembrei que tenho um blog, resolvi postar novidades. Muitas coisas aconteceram desde 23 de outubro — data de minha última postagem. Só na universidade, foram diversas produções jornalísticas que eu fiz, principalmente para a disciplina de radiojornalismo (falarei disso num outro post, prometo).

Mas o que eu quero anunciar nesse retorno após muita teia de aranha no "Foto, Texo e Companhia" é o meu novo trabalho. Em outubro do ano passado, passei para uma seleção de estágio em uma instituição de ensino — a Fundação Educacional Unificada Campograndese —, que trabalha desde o maternal à pós-graduação. A instituição é particular e tradicional na formação de professores na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro — região com áreas bem carentes.

Nesse estágio, trabalho na revista FEUC em Foco e no site da publicação. A revista é publicada trimensalmente e o site atualizado todas as semanas. Encorporo um misto de funções: trabalho na produção de matérias, atuo como fotojornalista e faço a diagramação (parte gráfica) da revista.. Já o site é atualizado por mim e por minha chefe com matérias que desenvolvemos especialmente para a plataforma e, também, é acrescentado as matérias que são veiculadas na revista impressa.

Apesar de eu acumular todas essas funções, o trabalho não é desgastante. Como a revista é produzida em um período de três meses, há tempo suficiente para fazer um produto de qualidade sem ficar doente, precisar tomar calmante ou remédio para dormir/acordar. E ainda sobra tempo para eu estudar e fazer todos os meus trabalhos acadêmicos dando o melhor de mim.

Revista FEUC em Foco: uma escola além da universidade para a minha formação


Ainda há duas coisas que eu preciso ressaltar:

1) Os assuntos que me motivam
2) O privilégio de ter uma (boa) chefe

Sempre gostei muito de assuntos científicos e acadêmicos. Adorei o período em que trabalhei na Pró-reitoria de Graduação da UFRRJ porque eu tinha o privilégio de cobrir eventos e fazer matérias sobre tudo o que é discutido na universidade. Na FEUC, a realidade não é muito difernete. E uma coisa, em especial, tem sido muito bom para mim: o contato com as licenciaturas.

Em meu "novo" estágio (nem tão novo assim — já estou há sete meses lá), me envolvo muito com os assuntos relacionados à formação de professores. Jamais havia descido ao meu coração a importância do professor para a formação de uma sociedade —  acrescente aí uma sociedade mais crítica, justa, igualitária, de respeito e solidária. Isso é muito bem trabalhado e discutido lá nas semanas acadêmicas, debates ou palestras. Em cada evento que vou, saio me sentindo uma pessoa privilegiada, pois aprendo muito. E isso é uma experiência tão boa! Trabalhar e aprender ao mesmo tempo não te cansa, não te desmotiva, não te suga. Lá, acontece totalmente o contrário: dia após dia, continuo em constante formação.

O segundo ponto é o outro privilégio do meu estágio: ter uma chefe que não é uma chefe, é A chefe. E o que isso quer dizer? Quer dizer que, além de ela ser a pessoa a quem eu deva reportar tudo o que eu faço, ela também é uma professora para mim. O quanto eu aprendo com ela não está escrito. Ela trabalhou por quase 20 anos em um dos maiores jornais do Brasil. Então, vocês podem imaginar como ela me ajuda para que meus textos fiquem cada vez melhores. E ficam! Além disso, ela colabora para que eu seja uma pessoa crítica e que não continue reproduzindo discursos de senso comum e mal configurados pela mídia massiva.

Para finalizar, garanto que depois que entrei nesse estágio, minha cabeça começou a ser transformada. Não só me sinto cada vez mais um profissional em formação melhor, como também me sinto uma pessoa melhor. Pera aí, mas como assim? Explico. O fato de eu estar sempre envolvido com matérias que abordam a educação, eu também acabo sendo educado. E é uma educação que me deixa mais consciente e mais crítico. Que me ajuda a respeitar as diferenças e valorizar as pessoas. É um lugar que está fazendo eu me apaixonar ainda mais pela comunicação voltada para a área de educação. E, possivelmente, é um lugar que vai colaborar muito para que eu direcione/tenha um norte da minha profissionalização e especialização.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ilustração vetorial: uma arte digital surpreendente

Recentemente, tenho aprendido a fazer ilustrações vetorizadas no Laboratório de Design Gráfico e Digital para Jornalismo, na UFRRJ. Esse tipo de arte digital é algo que eu nunca imaginei fazer algum dia. Talvez seja por prever o quão trabalhoso seria em botar a mão na massa e trabalhar em cima disso. É, mas não teve como fugir. O dia chegou no laboratório e o Francisco Valle, professor de comunicação visual, deu a atividade.


Capa de livro

A primeira atividade foi desenvolver uma capa de livro da Penguin Books, uma editora britânica famosa por trazes capas com ilustrações muito interessantes nas cores verde, preto, branco e vermelho. Para a atividade, era necessário usar o mesmo molde (grid) do livro e fazer uma ilustração em cima de uma fotografia que remetesse à história do livro. No entanto, não havia entendido muito bem se era para ser uma fotografia ou poderia ser um desenho. Optei por um desenho e cometi plágio. Sim, plágio. Mas... por quê?

O plágio

O plágio se deve ao desenho já ser uma ilustração. Por isso, se eu fizer uma ilustração vetorizada em cima da ilustração já existente, eu vou estar fazendo uma cópia do desenho que já tem um autor. O correto é pegar uma fotografia e fazer a ilustração a partir dela. Como ninguém é dono da imagem de um gato, cachorro, maça ou laranja, fotografias do mundo natural podem ser usadas para fazer ilustrações. Para eu desenhar o gato da Alice, eu deveria ter usado uma fotografia de um gato estranho e modificar o sorriso dele. Assim, não seria plágio e eu estaria exercendo minha criatividade.

Só para treinar

Bom, eu não sabia dessas questões e fiz, mesmo assim, a capa. Ao menos, deu para treinar a técnica da ilustração vetorizada. Entretanto, a imagem jamais poderia ser atribuída à minha autoria.

Abaixo, duas capas para o livro "Alice in Wonderland":

Modelo de capa 1

Modelo de capa 2 

O gato de Cheshire ficou muito legal, mas, como eu já disse, alguém já havia feito esse desenho antes. Então, ele não é uma invenção minha. Apenas refiz a ilustração.


Ilustrações originais

Depois de entender o plágio, passei para a originalidade. Optei por usar uma fotografia minha por dois motivos: (1) Ninguém nunca usou uma imagem minha para fazer uma ilustração; (2) Queria ver o resultado do Gian Cornachini em desenho.

Primeira ilustração

No laboratório, pedi para uma amiga, a Carolina Vaz, escolher uma das minha fotos de perfil no Facebook para ser vetorizada. A escolha foi pelo Gian de 6 anos de idade.

Comecei a trabalhar em cima da fotografia e o resultado foi ficando muito bacana. No final, eu mesmo fiquei surpreso e pensativo: "caramba, eu nunca imaginei eu me desenhando!".

Minha primeira ilustração vetorizada original

Estava encantado com essa técnica. Já passei a acreditar que eu posso, se eu me dedicar mais, fazer ilustrações para matérias, revistas etc. Afinal, é muito mais original um infográfico com desenhos do próprio veículo a imagens retiradas da internet.


Segunda ilustração

Depois da aula, cheguei em casa ainda no gás de desenhar mais. Queria uma nova ilustração minha, agora do Gian com 20 anos. No final de 5h trabalhando na ilustração, cheguei em um resultado ainda mais surpreso. Achei muito, mas muito bacana o desenho, e a sensação de vencer um desafio ainda está tomando conta de mim.

Gian Cornachini de 20 anos em ilustração vetorizada

Vale como dica

Nunca me imaginei fazendo desenhos como esses e acabei com duas ilustrações muito legais minhas. Se é que pode servir de lição, a dica, apesar de batida, é nunca pensar que você não é capaz. Tem vontade, mas acha que não consegue, tente. No final, com certeza, você irá ficar surpreso!

sábado, 13 de outubro de 2012

Espécie de cachorro com canguru é encontrada em Seropédica, no Rio*

Foi descoberto hoje (13) um animal raro em Seropédica, na Baixada Fluminense. O cãoguru (Macropus lupus familiaris) é uma mistura de Canis lupus familiaris, o cachorro doméstico, com Macropus rufus, o canguru. A espécie, que era comum na região até os anos 80, é considerada extinta.

Clique na imagem para visualizar o vídeo

O cãoguru era apreciado como iguaria à beira da BR 465 (Antiga Rio-São Paulo). As barracas de espetinhos de carne de cãoguru vendiam até 300 unidades por dia. Para isso, eram sacrificados 30 animais diariamente. A partir de 1981, a criação de cãoguru foi proibida pelo Ibama. Atualmente, é permitido apenas a venda de espetinhos de carne de gato doméstico. 

Os poucos animais da espécie são encontrados apenas em zoológicos ou laboratórios. Estima-se que exista apenas dois exemplares em Seropédica: um na rua 7, encontrado hoje, e um na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, cobaia de estudos veterinários.


*Texto não verídico.